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Secretaria de Desenvolvimento Participa do Evento de Encerramento do Startup Rio

O Programa Startup Rio realizou, dia 23 de setembro, o encerramento da sua quinta edição, iniciada em 2020, com a apresentação dos resultados de 87 startups de diversos municípios fluminenses, das quais 21 foram selecionadas para exibição de elevator pitch de um minuto sobre seu projeto. Uma parceria entre a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a FAPERJ, o Programa Startup Rio: Apoio à Difusão de Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital no Estado do Rio de Janeiro foi criado em 2013, visando o desenvolvimento e a qualidade do ecossistema de empreendedorismo digital no Estado do Rio de Janeiro. Nesses nove anos, foram investidos mais de R$ 15 milhões em 260 startups e em breve será lançado novo edital, ampliando o programa para 20 polos em diferentes municípios fluminenses.

O evento de encerramento foi realizado no auditório do programa, com sede na Rua do Catete, 243, e pôde ser acompanhado em transmissão online no YouTube onde ainda está disponível a edição com os melhores momentos. Dos 87 projetos qualificados para a Fase 3 do Programa, 58 vêm sendo executados na cidade do Rio de Janeiro; três em Barra Mansa; quatro em Campos dos Goytacazes, um em Engenheiro Paulo de Frontin, três em ltaperuna, 10 em Macaé, um em Mangaratiba, cinco em Petrópolis e dois em Vassouras. O programa Startup Rio é constituído de três fases. Na primeira fase da quarta edição foram selecionadas 177 propostas entre os 328 projetos submetidos ao processo seletivo inicial pelos interessados. Na segunda fase, 100 projetos habilitados receberam até R$ 20 mil, de um total de até R$ 60 mil, a serem outorgados aos projetos que alcançassem a fase seguinte. Os qualificados para a terceira e última fase receberam a segunda e última parcela do auxílio.

A mestre de cerimônias Claudia Wilson destacou os desafios enfrentados pelos participantes do programa 2020, como as restrições impostas pela pandemia de Covid-19. O diretor de Tecnologia da FAPERJ, Mauricio Guedes, fundador de uma das primeiras incubadoras do País, na Coppe/UFRJ, ressaltou a mudança de cultura em relação ao empreendedorismo ao longo dos últimos 30 anos. “Hoje a palavra empreendedorismo faz parte da vida dos jovens”, disse. Guedes acredita que o maior desafio do programa Startup Rio é aumentar sua articulação com outros programas comuns existentes no estado e manter a expansão para outros municípios.

O coordenador do Startup Rio, Marcos Neme, explicou que proposta é incentivar novas ideias que possam ser validadas e apropriadas pelo mercado. “O foco do programa são pessoas com ideias”, disse Neme, lembrando que as três fases do programa focam, respectivamente, na pessoa, na ideia e no produto. Na sua opinião, a pandemia do novo coronavírus foi o maior vetor de transformação digital de todos os tempos, obrigando a sociedade a conviver com o ambiente virtual.

Neme apresentou um balanço positivo do programa, que busca estimular, apoiar e alavancar iniciativas de inovação em tecnologia digital, buscando transformar o estado em um ambiente propício e atrativo para o desenvolvimento do empreendedorismo digital. Em 2020, o programa recebeu mais de 500 propostas, das quais 87 chegaram ao final. Pesquisa com 20 dos proponentes, a maioria com idade entre 25 e 30 anos, revelou que 90% das empresas iniciadas estão na ativa, 60% participaram de rodadas de investimento, 40% têm faturamento superior a R$ 50 mil, 20% têm mais de 20 colaboradores e 60% implementaram alguma inovação

Alguns representantes de polos de inovação de outros municípios que contam com o apoio do Startup Rio falaram sobre a importância do programa. Thaís Ferreira, do Serratec – Parque Tecnológico da Região Serrana –, destacou que o empreendedorismo é um trabalho de borda, de protagonismo, e por isso precisa de todo apoio. O Serratec é uma instituição privada, sem fins lucrativos e de interesse público, principal indutor de negócios em TI do interior do estado do Rio de Janeiro, abrangendo as cidades de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Areal. Em três anos de existência, atraiu mais de 10 mil candidatos, e dos quase 500 formados, 70% conseguiram emprego após o curso gratuito.

Já Henrique da Hora, presidente da Tec Incubadora (antiga Tec Campos), parabenizou o programa pelo movimento de interiorização e sua contribuição para a mudança de paradigma na economia de Campos dos Goytcazes. “Tínhamos uma economia baseada na monocultura, da cana-de-açúcar, do petróleo, sempre esperando que a próxima atividade guiasse nossa economia”, explicou. Segundo ele, até mesmo a expectativa diante da instalação do Porto do Açú, que consumiu nada menos que R$ 18 bilhões, foi frustrada, pois utiliza tecnologia importada e emprega pouca mão de obra. Daí a importância do empreendedorismo para o município.

Representando a Universidade de Vassouras, Paulo Wilton Câmara destacou o fato de um dos projetos apoiados pelo Startup Rio ter obtido patente, mas ressaltou que “mais importante que o resultado é o aprendizado”. O coordenador de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Renda, Ciência e Tecnologia do município de Engenheiro Paulo de Frontin, Jackson Ferreira, destacou a vocação do polo tecnológico do município, bastante voltado para o desenvolvimento de games. Em sua opinião, o empreendedorismo hoje quer buscar algum resultado, e esse tem sido o foco do polo.

Integrante da primeira turma do Startup Rio, em 2013, Thais Rosa, da Conectando Territórios, foi convidada pela mestra de cerimônia para falar dos desafios de manter sua agência de turismo de base comunitária e do foco na cultura afro e quilombola. Em seguida, foram iniciados os elevator pitchs de um minuto. André Cruz, CEO da HoloKD Warriors falou do jogo 3D de aberto que visa estimular as atividades físicas. Já Carlos Vitoriano, da Proffer, falou do uso da Inteligência Artificial para facilitar a precificação de produtos, principalmente de lojas com grande volume de itens, como supermercados e farmácias. Daniele Rezende da Barilink, apresentou o aplicativo para monitoramento de pacientes de cirurgia bariátrica, incluindo o acompanhamento pós-cirúrgico e Deusa Santos, da plataforma 321GO falou sobre as soluções na área de patentes. Francis Miszputen, da CLOSE2U, uma avó que vive longe dos netos, desenvolveu uma interação virtual que utiliza brinquedos, enquanto Germano Parés, da Legatvm, oferece um programa guarda memórias, um modelo de testamento gratuito que pode agilizar o processo de inventário.

Alguns participantes do programa não estavam na programação, mas, convidados a subirem ao palco, mostraram que é possível apresentar um pitch de um minuto sem ensaio prévio. Como Rudá Moreira , CurioLab que desenvolveu games para pessoas ansiosas ou entediadas; José Adolfo Oliveira das Chagas da CarbonAir Energy que atua no mercado de carbono (captura de CO2); Rapha Dias, da byte.me, app que viabiliza experimentar roupas online; Matteo Cervelli, da Mais Energia, especializada em soluções personalizadas de eficiência energética; Luiz Filippe Silva, da Nimbus Meteorologia, que trata da gestão de riscos climáticos oferecendo previsões meteorológicas adaptadas à rotina de cada negócio, Nilo Sheeny, da RayPay, aplicativo de pagamentos que transforma as transações da maquininha de cartão em áudio para facilitar e dar segurança às compras de deficientes visuais, entre outros.

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